segunda-feira, 10 de março de 2008

O momento do intervalo, o Bis



São Paulo, Steel Pulse, banda de reggae inglesa, para para aquele breve intervalo e sai para o leve descanso. No entanto um dos membros, o Organista/Pianista/Tecladista/Percussionista, da banda o permanece no palco. Ele que tocava durante o show quatro teclados sintetizadores e um bongô (instrumento de percussão que une dois agudos tambores de tamanhos e timbres distintos). Não confundi-lo com o outro tecladista da banda que alem de tecladista ocupava também a função de vocalista, mandando suas rimas num ragga dançante, que acelerava-se enquanto ele profetizava suas rimas no microfone.
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Ragga que é um subgênero do reggae que nasceu na Jamaica e popularizou-se em festas dançantes junto ao Ska, Dancehall, Rocksteady entre outros. Esses gêneros mais dançantes jamaicanos tiveram um renascimento cultural na Inglaterra com o movimento two-tone, liderado pelo the Specials, entre outros grupos. A mesma Inglaterra que já nesse momento tinha o Steel Pulse levando a bandeira do Reggae e do Dub, mas sempre deixando as boas influências chegarem ao seu palco.
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Voltando ao assunto que deu titulo a esta crônica. Permanece no palco, no intervalo do bis o tecladista/percussionista da banda, que começa a dar seu show a parte. Tocando o que parece ser uma sinfonia ele mistura elementos de musica clássica, jazz fusion e rock psicodélico, depois de deixar a platéia boquiaberta, ele tem seu solo acrescido por outro membro da banda. O brilhante guitarrista volta no momento mais psicodélico do solo de seu companheiro e começa a tirar timbres lisérgicos sua guitarra. Não negando suas origens inglesas, faz um rock psicodélico que na hora minha mente analogamente associou-o ao seu compatriota, lendário, o Pink Floydiano, David Gilmour.
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Eis que surgem então todos os outros integrantes da banda de volta ao palco, o mais caricato de todos, o band leader guitarrista/vocalista, exibe novamente sua cabeleira de dread locks, mas ele tem um dread que realmente chama atenção pelo tamanho e tosquidão, algo parecido com alguma cena que não me recordo bem do filme Rockers, onde tambem aparecem varios dread locks, mas tem um especifico, como o nosso band leader, que honra literalmente ao pé da letra o significado da palavra. O dub volta a tomar conta do ambiente e depois do lisergico solo a banda triunfa com o seu som tocado por anglo-afro-saxãos. O show lembra a Jamaica, pelo modo de dançar e pela peculiar sonoridade sincretica que a banda alcança ao tocar o seu dub, reggae, ska/twist , o ragga/funk jamaicano. Enquanto isso, o público em extase flameja a cultuada bandeira, da ilha do sol, Jamaica, e solta fumaça no ar!

3 comentários:

Bassáltamo disse...

o bróder do rockers é o famoso carpete. élo o texto só deu para sentir o gostinho. abs

Fred Diniz disse...

ativei mlq !

leila saads disse...

Ai, queria ter ido... Mas depois de ficar na UnB de 8 da manhã às 8 da noite não deu pra mim=/