sexta-feira, 2 de março de 2012

Você

4 comentários:

Maria Clara Cordeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria Clara Cordeiro disse...

Se eu soubesse escrever poesia, queria que fosse tao linda quanto essa.
...torta de tanto amor!!!

Amo você!
♥♥♥♥♥♥♥
♥♥♥♥♥
♥♥♥

Cynthia Lopes disse...

Saudade entorta a gente
mesmo!

Anônimo disse...

Saudade entorta mesmo!!! Cuidado!!! Isso é destino daqueles que já nascem com alma de poeta! Punk entao...? Boêmio então...? Poeta... punk..., boêmio...??? Não posso me identificar tanto.........

Por isso, usando das palavras de primo, poeta. - Que agora mais entendo de saudade...... digo:

Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.

A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.

E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.

De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!

Beijos pra vc, Tainá e primo Preto