sábado, 21 de julho de 2007

Gata






A gata chegou e mudou o ambiente
Queria carinho estava carente.
Homônimo de alguém que recentemente,
Deixou-me atordoado e inconseqüente.
Esguia, bela de andar elegante.
Gata-mulher, gata animal, coincidência intrigante.
Precisava de carinho, mas era momentâneo.
Precisava prazer, mas era instantâneo.

16 comentários:

Poeta Punk disse...

OS GATOS (Charles Baudelaire)

"Os amantes febris e os sábios solitários
Amam de modo igual, na idade da razão,
Os doces e orgulhosos gatos da mansão,
Que como eles têm frio e cismam sedentários.

Amigos da volúpia e devotos da ciência,
Buscam eles o horror da treva e dos mistérios;
Tomara-os Érebo por seus corcéis funéreos,
Se a submissão pudera opor-lhes à insolência.

Sonhando eles assumem a nobre atitude
Da esfinge que no além se funde à infinitude,
Como ao sabor de um sonho que jamais termina;

Os rins em mágicas fagulhas se distendem,
E partículas de ouro, como areia fina,
Suas graves pupilas vagamente acendem."

Lalo Oliveira disse...

Era uma gata ou uma mulher, afinal de contas?
hehehe
Não gosto mto do termo "gata", soa-me um tanto vulgar.
Abraço.

Madeira Inside disse...

GATO PARDO

Passam-te as folhas
Pela frente
E tu nem reparas.
É de noite,
Vejo-te sozinho
No meio da escuridão.
Vagueias
Com elegância
Saltas muros
Como se fosses
O dono de tudo.
Alguém chama por ti
E tu nem olhas.
Preferes andar atrás
Daquilo que te
Encherá a barriga.
Lanças uns miares
Como se chamasses
Por algo.
Queres é atenção,
Queres te olhem,
E como és belo.
À noite,
Todos os gatos
São pardos
E tu não és
Excepção à regra!
Gosto de te ver,
Andar em pezinhos de lã,
Brincar com o luar,
Roçar no meu andar!
Gosto da pose
Em cima de qualquer coisa.
Gosto quando me olhas
E quando me reconheces.
Por vezes foges,
Outras vezes
Encostas-te em mim,
Pedindo calor
Nestas noites
Já gélidas e molhadas
Pela chuva
Que insiste em cair.
Preparo-te um abrigo
E agradeces-me com um olhar.
Amanhã serás diferente
E tentarei de novo
Te conquistar.

Natalie
:)

Natália Nunes disse...

Felídeos urbanos, instintivamente libidinosos e infiéis.

Bina Goldrajch disse...

rs... é por isso que prefiro os cães, meu amigo.
Comigo nada é momentâneo ou instânteo, ao contrário, é eterno e permanente. Assim como os meus amores e as minhas poesias.


(odeio gatos!) rs...
Mas adorei o versinho!

Madeira Inside disse...

Sim!!
A poesia é minha!:)))
Também escrevo muito!!:)

Jana disse...

Poesia, Boêmia e gatos me lembrou o Velho Safado:

CONFISSÃO

- charles bukowski

esperando pela morte

como um gato

que vai pular

na cama

sinto muita pena de

minha mulher

ela vai ver este

corpo

rijo e

branco

vai sacudi-lo talvez

sacudi-lo de novo:

"Hank!"

e Hank não vai responder

não é minha morte que me

preocupa, é minha mulher

deixada sozinha com este monte

de coisa

nenhuma.

no entanto

eu quero que ela

saiba

que dormir todas as noites

a seu lado

e mesmo as

discussões mais banais

eram coisas

realmente esplêndidas

e as palavras

difíceis

que sempre tive medo de

dizer

podem agora ser ditas:

eu te

amo.

L. disse...

Ah, muito obrigada, me senti lisonjeada!

mas não sou boa com poemas, ao contrario de vc!

te cuida!
escreves muito bem!

Anônimo disse...

ღ Passei apenas para deixar um beijo e desejar uma boa semana..ღ

Anônimo disse...

Gostei!
Imagem perfeita!!!!
Beijinhossss

Gabriela Vargas disse...

E passou....
ótimo poema

storytellers disse...

belas poesias aqui no teu espaço, vou passando por cá

Fernanda Passos disse...

Gatas............humanas ou animais.
Afinal, as humanas também não são animais?
Provocações..............rsrsrsrs.
Adorei a visita. Passa mais.
E a poesia, perfeita. Você escreve muito bem.
Bjs.

Bassáltamo disse...

O olhar felino, o mover de cauda quase indecente. Essas gatas chegam sem ser convidades e deixa todos arrepiados. são poucas que conseguem conviver com essa arrôgancia; essas poucas, terrivelmente deliciosas.

Anônimo disse...

e' o ocio do cio..!

Anônimo disse...

Palabra feia essa,"odeio",como podes odiar um ser vivo,um ser humano esclarecido e,culto não há de ter este tipo de sentimento.